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Fintech: o que é, exemplos e tendências

Fintech

A inteligência artificial e os grandes volumes de dados estão, mais do que nunca, causando um impacto significativo em todo e qualquer setor de atividade. Alguns experimentam mudanças maiores do que outros, e este é particularmente o caso do setor financeiro. Na verdade, essa área mudou tanto nos últimos anos que deu origem a um novo tipo de empresa, chamada de fintech.

O termo fintech, uma contração das palavras “finanças” e “tecnologia”, abrange todas as novas tecnologias utilizadas para aprimorar os serviços financeiros. As startups desse setor estão se tornando cada vez mais numerosas e populares, e já fazem parte do nosso dia a dia.

Mas, afinal, o que é uma fintech? Quem são os principais players do setor, no Brasil e no mundo? Quais são as tendências para os próximos anos? Descubra todas as respostas para essas perguntas abaixo lendo o restante deste artigo.

O que é fintech: definição

Fintech, ou tecnologia financeira, é um conceito que se refere a todas as tecnologias inovadoras aplicadas atualmente para modernizar os serviços da área financeira. O seu principal objetivo é simplificar o setor para torná-lo mais eficiente e seguro – tudo isso, claro, com menores custos operacionais.


Os serviços oferecidos pelas startups do mercado de fintechs são variados: pagamentos móveis, gestão de portfólio, controle de despesas, criptomoedas e até crowdfunding. O exemplo mais popular de uma empresa fintech são os bancos digitais (também chamados de neobancos). Mas o alcance dessas organizações não para por aí: elas também oferecem serviços empresariais, como gestão de fluxo financeiro, controle fiscal, ou automação de consultoria de investimento.

Mesmo que o termo fintech tenha surgido na década de 1950 com a chegada do cartão de crédito ao mercado, ele só se tornou mais popular a partir da crise financeira global de 2008. Seu rápido desenvolvimento é possível graças ao surgimento de soluções disruptivas como a tecnologia blockchain e a inteligência artificial.

Nota: por extensão, o termo fintech, também é usado para designar qualquer tipo de empresa de tecnologia que atue nessa área, sempre combinando inovação e finanças. Fala-se, então, de uma empresa fintech ou, simplesmente, “uma fintech.”


O que é uma fintech?

Martech, adtech, fintech… Sim, às vezes é difícil navegar por esses diferentes termos.

Resumidamente, uma fintech é uma empresa cujo principal objetivo é aperfeiçoar os serviços financeiros por meio de novas tecnologias. Mas por trás deste termo muito amplo escondem-se uma série de nichos e setores diferentes, específicos, que dão origem a empresas com nomenclaturas exclusivas. Aqui estão os principais tipos de fintechs:

  • Paytech (tecnologia de pagamentos): fornece soluções relacionadas a meios de pagamento eletrônicos e transações digitais. Aplicativos especializados em gestão orçamentária, premiações e plataformas de doações também são consideradas como paytechs.

  • Insurtech (tecnologia de seguros): seu principal objetivo é melhorar os serviços relacionados ao setor de seguros.

  • Regtech (tecnologia regulatória): conta com tecnologias inovadoras para ajudar as empresas a cumprir as regulamentações financeiras. Também permite gerir os riscos de forma mais eficaz.

  • Neobancos ou bancos digitais: operam principalmente online ou por meio de aplicativos móveis. O objetivo de um banco digital é oferecer uma experiência bancária centrada no cliente, e que seja tecnologicamente mais avançada do que os bancos tradicionais.

  • Proptech (tecnologia imobiliária): busca melhorar os serviços e canais digitais relacionados ao setor imobiliário.

  • Wealthtech e gestão de patrimônio: usa tecnologia para fornecer soluções inovadoras para gerenciamento de riscos e aumento de patrimônio. Plataformas de investimento digital e consultores robóticos que ajudam os usuários a encontrar os melhores fundos de investimento são exemplos populares de serviços prestados por empresas de tecnologia patrimonial.

  • Plataformas de crowdfunding e crowdlending: esse tipo de fintech está revolucionando a forma como as empresas financiam o seu crescimento. Com base nesse modelo de negócios, elas podem pedir empréstimos diretamente aos consumidores, sem exigência de capital mínimo pelos bancos ou oferecimento de bens como garantia.


Exemplos de fintech no Brasil e no mundo

Hoje em dia, não faltam exemplos de empresas bem-sucedidas no setor de tecnologia financeira. E o Brasil não fica de fora dessa tendência: já são aproximadamente 1500 empresas no mercado de fintechs brasileiro, e muitas delas possuem influência global em seus mercados de atuação.


Tipo de fintech

Exemplos

Paytech

Empresas brasileiras:


No resto do mundo:

  • PayPal

  • Payoneer

  • Wise

Insurtech

Empresas brasileiras:

  • 88 InsurTech

  • 180 Seguros

  • Thinkseg


No resto do mundo:

  • Lemonade

  • Asurion

  • Óscar Health

Neobancos

Empresas brasileiras:

  • Nubank

  • C6 Bank

  • Next


No resto do mundo:

  • Chime

  • Varo

  • SoFi

Regtech

Empresas brasileiras:

  • Contato Seguro

  • Konduto

  • SigaLei


No resto do mundo:

  • Hummingbird

  • Forter

  • Chainalisys

Proptech

Empresas brasileiras:

  • Terreno Livre

  • Quinto Andar

  • Loft


No resto do mundo:

  • Airbnb

  • Zillow

  • AirDNA

Wealthtech

Empresas brasileiras:

  • Smarttbot

  • Warren

  • Mobilis


No resto do mundo:

  • Robinhood

  • Betterment

  • Wealthfront

Financiamento coletivo

Empresas brasileiras:

  • Catarse

  • Kickante

  • Benfeitoria


No resto do mundo:

  • Kickstarter

  • Indiegogo

  • Patreon


A ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs) ocupa um lugar importante neste ecossistema efervescente de startups do setor financeiro. A sua missão é representar as fintechs brasileiras junto das autoridades públicas, como o Banco Central do Brasil, dos órgãos reguladores e do mercado financeiro como um todo, servindo também como referência para empresas do setor que buscam crescimento e networking.


Tendências do setor fintech para 2025

Finanças sustentáveis

As questões de desenvolvimento sustentável devem influenciar cada vez mais o setor financeiro. Neste contexto, o financiamento sustentável vem ganhando terreno, e os bancos e seguradoras terão que adaptar as suas ofertas para manter o engajamento do cliente. O banco digital C6, por exemplo, desenvolveu uma ferramenta em seu app que calcula a pegada de carbono dos seus clientes, chamada Extrato de Carbono, e oferece opções para compensação desse impacto.

Esta transição, do atual modelo para uma nova abordagem, constitui um grande desafio para os agentes financeiros tradicionais. Requer ajustes significativos nos processos operacionais, na gestão de riscos e na conformidade regulatória. Os bancos precisam evoluir para atender a essa demanda crescente do público e, ao mesmo tempo, manter sua rentabilidade.

Mas, apesar desses desafios, as finanças sustentáveis ​​oferecem vantagens significativas: melhora da reputação online, atração e aquisição de novos clientes ou mesmo a criação de uma proposta de valor alinhada mais com as tendências atuais.

“Compre agora e pague depois”

Flexibilizar as formas de pagamento para os consumidores também é uma tendência da tecnologia financeira que está em crescimento. Embora o pagamento parcelado seja uma realidade no Brasil há algumas décadas, essa versatilidade nas transações financeiras vem ganhando o restante do mundo apenas recentemente.

Enquanto por aqui quase 70% dos consumidores preferem fazer suas compras nesse sistema para manter uma certa quantidade de dinheiro disponível no mês, em outros países existem fintechs ajudando os clientes a explorar essa modalidade de pagamento.

Mas não pense que isso significa falta de inovação do setor nacional: enquanto lá fora a aplicação dessa tecnologia está sendo voltada a serviços de pagamento parcelado, por aqui já estamos um passo à frente, e existem fintechs oferecendo novos produtos financeiros, como parcelamento de PIX, divisão de pagamentos online em dois métodos distintos e até mesmo uso do FGTS como um cartão de crédito para clientes.

Tokenização de ativos

A tokenização de ativos financeiros é uma inovação essencial para os próximos anos.

O princípio é simples: transformar ativos financeiros tradicionais (ações, títulos, moedas ou imóveis) em tokens digitais seguros em uma estrutura de blockchain. Esses tokens se tornam, então, mais líquidos, mais facilmente intercambiáveis ​​e, acima de tudo, rastreáveis ​​a qualquer momento.

Para as instituições financeiras tradicionais, a tokenização apresenta oportunidades significativas. Permite rentabilizar ativos ilíquidos e desenvolver novos serviços financeiros.

A fintech RealT é um bom exemplo de tokenização no setor imobiliário. Em sua plataforma online, cada investidor pode comprar parte de uma casa ou apartamento utilizando tokens. Cada mês ele recebe uma parcela dos aluguéis arrecadados proporcionalmente ao seu investimento. Se ele desejar se desfazer da propriedade, poderá revender seus tokens para outro investidor a qualquer momento.


Como gerenciar as equipes de vendas em uma fintech?

Liderar a equipe de vendas de uma fintech pode ser complexo. Na verdade, neste setor, é normal que as empresas funcionem sem escritórios físicos, e pode ser preciso gerenciar uma equipe de vendas remota. Além disso, muitas fintechs contam, majoritariamente, com uma força de vendas terceirizada. Neste cenário, vale a pena considerar alguns dos pontos a seguir:

  • Treine os vendedores regularmente: os produtos e serviços de uma fintech costumam ser técnicos, e evoluem rapidamente. Você precisa treinar regularmente sua equipe de vendas para que eles se atualizem e entendam totalmente a oferta que estão vendendo. Implementar uma estratégia eficaz de capacitação de vendas é, portanto, essencial.

  • Escolha o método ideal de gestão de projetos: o trabalho remoto costuma ser a norma nas fintechs. Sem boas ferramentas de gestão de projetos, pode ser complicado acompanhar o andamento das diferentes tarefas. Defina KPIs claros para cada membro da equipe e implemente os métodos de gerenciamento de projetos que atendam às suas necessidades.

  • Tenha uma abordagem centrada em dados: no setor de fintech, as vendas são frequentemente impulsionadas por dados. Certifique-se de que a equipe de vendas tenha acesso às ferramentas analíticas certas para entender o comportamento do cliente. Os vendedores podem antecipar mais facilmente suas necessidades e adaptar seu discurso de vendas se tiverem as informações corretas.


O que um CRM precisa ter para atender a uma fintech?

Como qualquer empresa de um setor específico, uma fintech possui necessidades de CRM exclusivas e relevantes em seu ramo de atuação. Veja dois casos de uso concretos.

Neobancos (bancos digitais)

Estas são algumas das principais funcionalidades de um CRM para o setor bancário:

  • Gestão de contas de clientes: o CRM deve permitir um acompanhamento preciso das contas dos clientes, desde a abertura até à gestão diária das operações. É exatamente isso que o Pipedrive permite ao Mybanker. Após a integração do nosso CRM às outras plataformas já utilizadas, a fintech conseguiu triplicar sua equipe de vendas em seis meses.

  • Personalização da oferta: um bom CRM permite segmentar a base de clientes de acordo com seus hábitos financeiros e oferecer produtos e serviços personalizados a eles.

  • Conformidade com os padrões regulatórios: o CRM de um banco digital deve oferecer um padrão de gerenciamento do banco de dados pessoais que esteja em conformidade com as regulamentações dos órgãos financeiros e legislações governamentais (como a LGPD, por exemplo).

Wealthtechs (gestão de patrimônio)

Uma wealthtech é uma plataforma eletrônica especializada em ajudar seus usuários a tomar as melhores decisões de investimento para atingir seus objetivos financeiros e reduzir seu grau de endividamento, com base em controle financeiro e gerenciamento de riscos. Veja como elas demandam funcionalidades de CRM significativamente diferentes dos bancos digitais:

  • Gestão de perfis: para uma wealthtech, um bom CRM deve possibilitar a centralização das informações financeiras dos usuários. Deve também fornecer uma visão clara da sua situação financeira em tempo real.

  • Suporte em tempo real: os consumidores são voláteis, e podem facilmente recorrer à concorrência. Portanto, suas perguntas devem ser respondidas instantaneamente. Para isso, a fintech deve utilizar ferramentas de atendimento dedicadas, como um chatbot online – e este é um dos recursos que o Pipedrive oferece. Veja como a wealthtech Network gera mais leads, converte oportunidade, aumenta a retenção de clientes e os transforma em embaixadores da marca com a extensão LeadBooster, do Pipedrive.


Considerações finais

O setor fintech vive em constante mudança, e está redefinindo os serviços financeiros tradicionais por meio da inovação tecnológica. Dos bancos digitais às plataformas de crowdfunding, essas empresas de tecnologia já fazem parte do dia a dia dos brasileiros.

Se você também quer utilizar a tecnologia a seu favor e expandir seu negócio, experimente o Pipedrive gratuitamente por 14 dias e descubra como nosso CRM pode apoiar o seu desenvolvimento com a automatização de processos rotineiros. Para ir além, saiba também como nosso conjunto de ferramentas torna o Pipedrive um CRM essencial para a estratégia de vendas de empresas do setor financeiro.

Impulsionando o crescimento dos negócios

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